Oscar

Nome completo: José Oscar Bernardi

Data de nascimento. 20 de junho de 1954

Local de nascimento. Monte Sião (MG)

Posição: Zagueiro

Campeonato Paulista: 1980, 1981, 1985, 1987

Campeonato Brasileiro: 1986





Em 23 de julho de 1980 voltou ao Brasil, mas para defender o São Paulo, comprado com o superávit do time, especialmente depois da saída deAílton Lira, vendido para a Arábia Saudita cinco meses depois de chegar, por um preço cinco vezes maior do que o pago ao Santos.  Com um salário que comparou ao que recebia no Cosmos , passou a ser "um dos jogadores mais bem pagos do futebol brasileiro".  Seu primeiro jogo oficial foi no início do returno do Campeonato Paulista: já com a faixa de capitão, ele ajudou o tricolor a golear o rival Corinthians por 4 a 0.  Cinco dias antes, em um amistoso contra o também rival Palmeiras, ele tinha estreado com a nova camisa, e o placar terminara com


os mesmos 4 a 0. O time embalou. Só decidiria o título se vencesse o segundo turno. Venceu-o e sagrou-se campeão paulista com duas vitórias por 1 a 0 sobre o Santos. Como capitão, levantou a taça: ele seria o capitão de praticamente todos os times do São Paulo até deixar o clube.

No ano seguinte, o vice-campeonato brasileiro e o bicampeonato paulista, este previsto com quase três meses de antecedência. "Vamos ser campeões paulistas", garantiu, ainda no segundo turno do campeonato, à Placar. O time cumpriu a promessa de seu zagueiro, mas sem ele, que sofreu uma contusão na virilha e ficou fora da reta final, sendo substituído por Gassem. A contusão foi tão séria que ele pensou até em aposentar-se. 


Recuperado, foi convocado para a Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Jogou bem, sem cometer uma única falha[17], mas o Brasil foi eliminado pela Itália nas quartas-de-final. "Nosso time é superior ao deles", lamentou o zagueiro depois da partida  Por pouco Oscar não foi herói naquele jogo, marcando o que seria o gol da classificação: nos últimos minutos, acertou uma cabeçada que foi aparada em cima da linha pelo goleiro italiano Dino Zoff. Logo após a Copa, o São Paulo contratou um novo técnico, José Poy, o mesmo com quem já tinha sido campeão paulista em 1975. Oscar tinha opinião formada sobre o novo comandante. "Ele não gosta de perder, e isso é muito bom", comentou. "Já andei perdendo muito nestes últimos dois anos. Cheguei à conclusão de que o jogador brasileiro precisa ser tratado com dureza, pois ainda não está suficientemente preparado para ser tratado de outra maneira."

Mas o São Paulo seguiu perdendo. Novo título, só em 1985, quando foi garoto-propaganda da marca Ovomaltine. , e foi campeão paulista, desta vez como um dos veteranos em um time montado basicamente com jovens promessas. Oscar quase ficou de fora da decisão, pois tinha contraído uma infecção intestinal dois dias antes e na preparação para o jogo ficou deitado em uma maca no departamento médico o tempo inteiro.

Foi convocado para a Copa do Mundo de 1986, no México, mas desta vez ficou na reserva, apesar de ter sido o capitão da Seleção em todos os amistosos daquele ano, menos em um. Suas atuações não vinham agradando , e Júlio César ganhou a posição.  Oscar não entraria em campo naquela Copa. O amistoso contra o Chile, em 7 de maio, o último oficial antes da Copa, seria sua última partida oficial com a camisa amarela. A convivência com a Seleção no México rendeu ao menos um dividendo para o São Paulo: o ponta Edivaldo pediu ao zagueiro que intermediasse sua contratação junto ao Atlético-MG.  No começo do ano seguinte, o ponta chegaria ao Morumbi.

Como no final de 1985, a sombra de uma contusão na reta final, desta vez no tornozelo, voltou no Campeonato Brasileiro de 1986. Oscar contundiu-se em novembro, e os médicos do time prometiam que ele seria liberado logo , mas ele só voltaria depois das férias que paralisaram o campeonato em janeiro. O problema é que Wágner Basílio estava jogando bem, e o técnicoPepe preferiu não mexer no time, que estava fazendo boa campanha.  Sem ele no time titular, o São Paulo levou o título brasileiro na final contra o Guarani. "Isso acontece, e tive de ser tolerante para não prejudicar o grupo nos jogos decisivos", lamentou Oscar, que completava: "Não vou mais aceitar a reserva. Sou importante para o clube dentro de campo. Quero uma solução: ou resolvem o caso ou vendem meu passe."