SÃO PAULO: Denis; Bruno, Lucão, Rodrigo Caio e Mena (Carlinhos); Hudson, Thiago Mendes, Centurión (Wesley), Ganso e Michel Bastos; Calleri
Técnico: Edgardo Bauza
Demorou a sair, mas o São Paulo conseguiu um único gol para derrotar o Universidad César Vallejo (PER), na noite desta quarta-feira (10 de fevereiro), no estádio do Pacaembu, e assegurou sua presença na fase de grupos da Copa Bridgestone Libertadores. O nome da bola na rede foi Rogério, pedido incessantemente pelos torcedores devido à péssima apresentação de Centurión, que mostrou oportunismo e anotou o tento do 1 a 0 tricolor já aos 43 minutos da etapa final.
Com o resultado, o clube do Morumbi entra na chave 1 do torneio, ao lado do River Plate, atual campeão da competição, The Strongest (BOL) e Trujillanos (VEN). A estreia será já na próxima quarta-feira, dia 17 de fevereiro contra os bolivianos, no mesmo Pacaembu.
Antes de pensar no torneio continental, porém, os são-paulinos terão no domingo o primeiro clássico sob o comando de Edgardo Bauza. No estádio de Itaquera, vão encarar o Corinthians, no domingo, às 17h (de Brasília), pela quarta rodada do Campeonato Paulista.
O jogo
O São Paulo falou durante todos os dias que antecederam a decisão que manteria a calma e tentaria construir a vantagem naturalmente no Pacaembu. Nos primeiros 20 minutos de bola rolando, no entanto, não foi isso que se pôde ver no estádio municipal paulistano. Prendendo muito a bola, o meio-campo foi incapaz de furar a defesa adversária.
Prejudicada pela falta de criatividade do ataque, a retaguarda tricolor também não conseguiu ajudar ao fazer diversas faltas bobas na entrada e na lateral da área. Sorte para os são-paulinos que os visitantes não conseguiram nem colocar a bola com qualquer perigo para Denis. O goleiro só teve um pouco de trabalho em chute direto de Hohberg, encaixado sem dificuldades.
As primeiras chances começaram a sair quando os peruanos se cansaram de tanto correr atrás da bola. Ganso, até então sumido, passou a controlar mais as ações e do seu pé surgiram as únicas chances da etapa inicial. Ele achou Michel Bastos livre, mas o meia se enrolou com a bola e perdeu a chance de bater. Ainda assim, conseguiu rolar para Thiago Mendes, mas o volante isolou a primeira chance de gol, já aos 32 minutos.
Depois, em lance de desatenção da zaga peruana, o armador descolou passe em profundidade para Calleri. O argentino partiu em velocidade entre os zagueiros e ganhou na corrida. O defensor demorou a chegar, mas o centroavante tentou girar o corpo e bater com a perna direita. Dessa forma, deu tempo para o peruano abafar o chute.
Na volta para o intervalo, o Tricolor ganhou de presente um pênalti do árbitro Cristian Ferreyra. Riojas deslocou Calleri, mas o atacante estava fora da área na hora da falta, aos cinco minutos. Michel Bastos tomou a bola para si e falou que ia bater, dexando o argentino claramente irritado. Na hora de fazer o gol, no entanto, o armador deu razão à reclamação do companheiro e carimbou a trave.
O nervosismo que já era grande só cresceu com o erro de Michel. Antes válvula de escape pelo lado esquerdo, ele passou a se descontrolar nas reclamações e levou um amarelo de tanto que contestou as decisões do uruguaio. Ao ver que o rival se perdia sem a menor necessidade, os peruanos passaram a acreditar que a vaga era possível, ficando mais com a bola e correndo riscos no ataque.
Mais aberto, o jogo melhorou bastante. Muito superior tecnicamente, o Tricolor teve espaço sem precedentes para trabalhar a bola na entrada da área. Em menos de dois minutos, os comandados de Bauza aproveitaram as mexidas do treinador para mandar duas bolas na trave. Primeiro Wesley, que entrou no lugar do vaiado Centurión, recebeu pela direita, invadiu a área e rolou para Calleri, que mandou de carrinho no travessão de Libman. Depois, Hudson recebeu a bola ajeitada pelo mesmo Wesley e carimbou o pé da trave.
A pressão foi tamanha, no entanto, que o gol enfim saiu. Sem deixar o time peruano respirar, os anfitriões chamaram a torcida para o jogo e, com um pedido dela, chegaram ao gol. Rogério, grito mais bradado durante o segundo tempo, entrou no lugar de Ganso e, após confusão na área, aproveitou sobra de bola chutando de primeira, para o fundo do gol de Libman
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 X 0 UNIV. CÉSAR VALLEJO (PER)
Local: estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 10 de fevereiro de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Cristian Ferreyra (Uruguai)
Assistentes: Nicolas Tarrán e Richard Trinidad (ambos do Uruguai)
Público: 32.567
Renda: R$ 1.951.355,00